segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Jovens correspondem a 65% dos presos no Pará.

Segundo a Superintendência do Sistema de Segurança do estado do Pará (SUSIPE) 65,16% dos Presos no estado têm idade entre 18 a 29 anos, ou seja, a maioria da população carcerária do Pará são Jovens.
Caminhada em Altamira para denunciar a violência no município em outubro de 2016.

Segundo Estatuto da Juventude aprovado em 2013 são considerados jovens pessoas até entre 15 a 29 anos, esse público tem uma série de Direitos conquistados nas ruas.
No segundo semestre de 2016 a juventude, protagonizou as lutas em todo o Brasil ocupando Escolas e Universidades Públicas em defesa dos Direitos e contra a PEC 55, que visa paralisar os investimentos para o planejamento e execução de políticas públicas nos próximos 20 anos.
Esses jovens que ocuparam todas as universidades públicas no estado do Pará, inclusive os campi de Altamira da UFPA e UEPA, foram criminalizados pelo governo Temer, em alguns lugares teve vários jovens presos, espancados e ameaços pelo Estado (polícia).
Pois bem, essa quantidade de Jovens presos coloca em cheque os investimentos das prefeituras, estado e união para desenvolver políticas para a Juventude.
Essa quantidade mostra o quanto o estado do Pará peca (se ausenta) em desenvolver ações para a Juventude estudar, ter cultura, esporte, lazer.
Outro fato grave é que segundo o mesmo levantamento da SUSIPE a maioria das detentas/os (56,46%) só tem o ensino médio incompleto e cerca de 82,45% são Pardos ou Negros.
Ou seja, a população carcerária paraense é Jovem, com pouco estudo e Pardo/Negros. Isso demonstra que além da ausência de políticas públicas para a Juventude a população a população negra (que são a metade do povo brasileiro) não saiu da senzala. No Brasil é fato que o Negro tem menos estudo, menos emprego, menos oportunidade, ganha menos pra exercer a mesma função de uma pessoa branca.

Enfim, algumas pessoas que forem ler esse texto vão contorcer o nariz, mas a realidade brasileira é que a Juventude e os Negros ainda são criminalizados pelo Estado Brasileiro. Para mudar isso é preciso muita Luta e organização popular.