segunda-feira, 11 de julho de 2016

Entenda a Importância de dizer não a Belo Sun

A Belo Sun é uma empresa canadense que pretende extrair mais de 100 toneladas de ouro da região conhecida como Volta Grande do Xingu no estado do Pará. Mas para isso ela pretende acumular 92 milhões de m³ de rejeitos, quantidade maior do que a Samarco liberou no rio Doce entre Minas Gerais e Espírito Santo.

A Belo Sun pretende explorar a base natural vantajosa da volta grande sem consultar os indígenas de duas Terras, que segundo o Instituto Sócio Ambiental (ISA), estão a 9,5km e 13,7km de distância da área adquirida ilegalmente pela canadense. 
Outro problema é que no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da empresa não cita a sobreposição de impactos do projeto dela com a barragem de Belo Monte, portanto, um estudo muito incompleto sobre a realidade concreta da região, a hidrelétrica está cerca de 11km de raio da área da Belo Sun. 
Recentemente o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vem denunciando a compra de terras pública realizada pela Belo Sun, ou seja, a canadense está cometendo crime.
Outra denuncia é que a Belo Sun contratou a mesma empresa e engenheiro que foram responsáveis pelo estudo que dizia que a barragem de fundão em Mariana-MG da Samarco não iria romper, mas que rompeu e matou 19 pessoas alem de matar o rio Doce.
Portanto, é importante dizer não a Belo Sun, pois ela já  está violando as leis do Brasil e assumindo o risco de colocar todas as famílias ribeirinhas da Volta Grande do Xingu até a foz do rio Amazonas em perigo, pois assumiu essa responsabilidade ao colocar a empresa e engenheiro criminosos para fazer o estudo relacionado a barragem de rejeitos. 

ATINGIDOS POR BELO MONTE REALIZAM ENCONTRO

Atingidos por Belo Monte que moram nos Reassentamentos Urbano Coletivos (RUCs) em Altamira se encontraram na última sexta-feira (8) para discutirem os principais problemas enfrentados pelas famílias. 
Foto: MAB

Os participantes decidiram formar grupos de base do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) nos reassentamentos. "Este é o jeito que o MAB se organiza de Norte a Sul do país e é a melhor maneira de garantir a participação de todos e dar vida ao nosso Movimento", disse Edizângela Barros, militante do MAB e moradora do RUC Jatobá.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

20 de Julho iniciará as Convenções partidárias para o pleito municipal.

Por: TSE

Postulante a candidato pode fazer propaganda intrapartidária nos 15 dias anteriores à convenção.

Foto: Grande encontro do PT realizado no último sábado (02/07).

Se algum partido marcou a sua convenção partidária para o dia 20 de julho, os postulantes a candidatos pela legenda podem, a partir desta terça-feira (5), fazer a sua propaganda intrapartidária, visando a sua escolha como candidato a prefeito, vice-prefeito ou vereador nas eleições de outubro. As convenções dos partidos para deliberar sobre coligações e escolha de candidatos devem ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto.
Isto porque para aqueles que almejam ser candidatos, a lei eleitoral permite que façam propaganda intrapartidária, nos 15 dias anteriores à convenção do partido, com o objetivo de promover a indicação de seu nome.

Eles podem inclusive colocar faixas e cartazes em local próximo à convenção, com mensagens dirigidas aos convencionais. É proibido, no entanto, o uso de rádio ou televisão e de outdoor. As regras eleitorais determinam que essa propaganda deve ser imediatamente retirada logo após o evento. 

segunda-feira, 4 de julho de 2016

PT Lança terceira via para a prefeitura de Altamira.

No último sábado (02) o Partido dos Trabalhadores realizou o seu grande encontro e aproveitou a oportunidade para colocar o nome de João Batista Uchôa como pré-candidato a prefeito de Altamira.

No encontro estavam presentes diversas organizações, e partidos políticos além do vereador Aldo Boaventura, deputado estadual Airton Faleiro e deputado federal Zé Geraldo.
Para a presidenta do PT, Antônia Martins, o partido se desafia a ser a terceira via para a eleição a prefeito de Altamira “será uma campanha sem recursos, mas nos desafiamos pois temos a esperança e os pés no chão que Altamira precisa de um prefeito com a cara e a coragem dos trabalhadores”.
Para o militante social, Flávio de Paula, Altamira precisa de transformação social, não dá mais para ficar reféns do PMDB e PSDB que governam o município a 16 anos, é tempo de mudar para melhorar a qualidade de vida do povo altamirense. 
O grande encontro aconteceu no Reassentamento Urbano Coletivo São Joaquim, local onde foram reassentados mais de 1000 famílias que moravam na área alagada por Belo Monte.



sexta-feira, 1 de julho de 2016

ALTAMIRA: Quadrilha movimentou mais de R$ 1 Bilhão com desmatamento ilegal.


Por: Assessoria de Comunicação do Ibama
imprensa@ibama.gov.br
(61) 3316-1015
Fonte: Google Earth Pro


Brasília (30/6/2016) - Ibama, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal realizam nesta quinta-feira (30/6) a Operação Rios Voadores, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada no desmatamento ilegal e na grilagem de terras públicas federais no Estado do Pará (PA). A operação, que envolve 95 policiais federais, 15 auditores da Receita, 32 analistas do Ibama e duas aeronaves, foi deflagrada no distrito de Castelo dos Sonhos, em Altamira/PA, Novo Progresso/PA e nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os agentes cumprem 51 medidas judiciais: 24 prisões preventivas, 9 conduções coercitivas e 18 mandados de busca e apreensão em empresas e residências dos investigados.
Fonte: Google Earth Pro

As investigações começaram após a Operação Kaiapó, realizada pelo Ibama em 2014, por meio de atos de fiscalização no interior e no entorno da Terra Indígena Menkragnoti, em Altamira/PA. Na ocasião, foram apreendidas 26 motosserras e 3 motocicletas, além do desmonte de 11 acampamentos ilegais de madeireiros, da prisão de 40 pessoas e da identificação do responsável pelo desmatamento da área embargada, com 13 mil hectares.
De acordo com dados da fiscalização do Ibama, o principal investigado desmatou mais de 29 mil hectares de 2012 a 2014 e foi multado em R$ 119 milhões. Segundo informações da Receita Federal, a organização criminosa, por meio de pessoas físicas e jurídicas, movimentou mais de R$ 1 bilhão entre os anos de 2012 e 2015, grande parte de origem ilícita ou incompatível com os rendimentos dos titulares das contas.
Os principais investigados e beneficiados com a prática criminosa eram protegidos por outros membros da organização, que serviam como “testas de ferro”, aponta a investigação. Mediante a falsificação de documentos e outras fraudes, pessoas de confiança dos cabeças da organização criminosa assumiam a propriedade da terra grilada por seus "patrões”, chegando a admitir a prática de crimes ambientais. Eles preservam os nomes dos reais autores da conduta quando flagrados em fiscalizações do Ibama realizadas durante a investigação. Após arrendamento, terras usurpadas eram usadas pelo grupo para atividades econômicas agropecuárias.
"A Operação Rios Voadores representa um marco no combate ao desmatamento na Amazônia. Ela evidencia que o crime organizado utiliza profissionais experientes em geoprocessamento para realizar um desmatamento multiponto, que desafia o alcance dos satélites e fez com que o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) desenvolvesse
um sistema ainda mais preciso de detecção", disse o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo. Ele participou de entrevista coletiva nesta quinta-feira (30/6) na sede do Ministério Público Federal do Pará. "O grupo criminoso desmantelado superou a quadrilha revelada pela Operação Castanheira, em 2014. A união de esforços com outras instituições do Estado brasileiro é essencial para o combate ao crime organizado na defesa da Amazônia."

A Estrutura do Crime

A organização criminosa estruturava-se em quatro núcleos: 1) núcleo operacional (executam o desmatamento); 2) núcleo referente aos agentes que compram terras desmatadas ilegalmente; 3) núcleo financeiro (financia o desmatamento); 4) núcleo familiar (dissimulação das vantagens econômicas obtidas). O núcleo operacional subdividia-se em: i) grupo dos agenciadores de mão de obra, “Gatos”; ii) grupo dos gerentes das fazendas desmatadas ilegalmente; iii) grupo dos “Testas de ferro”; iv) grupo dos agrimensores (produzem cadastro ambiental fraudulentos).
Os crimes investigados são: organização criminosa; falsificação de documentos; prática, de forma reiterada e habitual, de desmatamento ilegal, ateamento de fogo e grilagem de terras públicas federais na Amazônia (com o objetivo de criar/vender gado e plantar/vender soja/arroz); ocultação e dissimulação das vantagens econômicas obtidas.

O nome da operação, Rios Voadores, é uma referência ao fenômeno das massas de ar carregadas de vapor que migram da Bacia Amazônica para o centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, gerando chuva, assim como o fluxo de capital principalmente do sudeste promove o desmatamento ilegal na Amazônia.