quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

OAB seccional Pará entrará com Ação Civil Pública para a qualificação dos Presídios

Fonte: http://zezoferreira.blogspot.com.br/2013/05/veja-imagem-que-esta-bombada-no.html




Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (SUSIPE), a quantidade de vagas ocupadas pelos detentos em relação a quantidade de vagas existentes no estado chegou a ser 64,98% maior e, no interior essa disparidade foi mais alarmante, pois a diferença significou 124,96% a mais de vagas ocupadas em relação a vagas existentes.
Através desse diagnóstico e a partir da denuncia sobre a violência sanguinária entre duas facções rivais, criadas dentro do presídio de Pedrinhas no estado do Maranhão, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) secção Pará anunciou na última sexta feira (10), pelo seu presidente, Jarbas Vasconcelos, que ingressará com ação civil pública contra o governo do Pará pela má gestão dos presídios e vai requerer melhorias.
Vasconcelos lamenta que a situação tenha ultrapassado os limites toleráveis. “O panorama dos presídios no Estado é desumano. A OAB Pará constituiu a Comissão de Sistema Penal para, entre outras providências, elaborar com urgência uma ação civil pública contra o governo estadual”, revela. Segundo o presidente, a expectativa é de que o documento esteja pronto e seja devidamente ingressado na Justiça no próximo dia 21 de janeiro.
Jarbas destacou, ainda, dois outros problemas que ele classificou como ‘de extrema urgência’ para análise do governo paraense: os recorrentes problemas de saúde dos presidiários e as frequentes denúncias de torturas.
Quanto às torturas, Vasconcelos lembrou os casos das recentes denúncias nos presídios sediados nos municípios de Santarém, Itaituba e da capital Belém. “Discussões viram motins, que evoluem para rebeliões, e daí em poucos minutos tem-se um massacre. Intervir agora é mais do que necessário”, conclui.
É importante ressaltar que a OAB  de cada estado entrará com ação civil pública requerendo melhoras nas condições dos presídios e, isso ocorreu depois de várias mortes violentas (inclusive com decapitações) no presídio de Pedrinhas no estado do Maranhão, lugar onde duas facções travam luta sangrenta pelo comando desse lugar, nessa conjuntura existe o grupo da capital e o grupo do interior, e quando novos detentos são inseridos, estes já devem assinar o Estatuto de uma das facções. A situação ficou tão grave que essa violência pulou os Muros do Presídio e aterrorizou os moradores próximos, inclusive fazendo vítimas fatais, como o caso da menina Ana Clara que teve 95% do corpo queimado por integrantes de uma das facções.
Esses casos de violência comprovam a falha de políticas públicas efetivas direcionada para a qualidade de vida dos cidadãos e transparece que para os governo é mais fácil amontoar os criminosos em presídios, do que investir na prevenção dos crimes e ressocialização dos criminosos, no estado do Pará, por exemplo, ocorre ausência do comprometimento do governo com projetos para/da Juventude, pois segundo a SUSIPE cerca de 63,83% da população carcerária são jovens (18 a 29 anos)!



 

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