Na manhã dessa sexta-feira cerca de duas mil pessoas saíram as ruas de Altamira para denunciar o aumento da criminalidade no município que vitimou na última semana uma família no bairro mutirão e ontem o secretário de meio ambiente de Altamira.
Organizada por movimentos sociais, entidades de comerciantes, escolas e igrejas a Marcha pela Paz saiu as ruas de Altamira para denunciar a omissão do governo do estado do Pará em aplicar políticas públicas na área da segurança.
Semana passada sete homens invadiram uma casa no bairro mutirão e estupraram uma mulher duas vezes com a presença da filha da vítima, ontem, o secretário municipal de Meio Ambiente e Turismo, Luís Araújo (54), foi alvejado com sete tiros após chegar em casa junto com a família no bairro Buriti, na periferia da cidade.
De acordo com a apuração do site O Xingu, o secretário Luís já havia sofrido ameaças pelo fatos de ele ajudar a coordenar operações contra o desmatamento no município de São Felix do Xingu e Altamira.
Os sete estupradores e o mandante do assassinato do Luís ainda não foram encontrados. Os altamirense clamam por justiça social.
O governo do Estado do Pará já recebeu em quatro meses de operação comercial do Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte, cerca de R$4 milhões, mas a partir do ano de 2020 até 2045 receberá anualmente cerca de R$125 milhões de compensação financeira pelo uso do rio Xingu para geração de energia elétrica, ou seja, os Royalties.
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| Participação dos Movimentos Socais |
Na última quarta-feira, durante a visita do Conselho Nacional de Direitos Humanos o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) sugeriu ao Conselho que ele recomendasse para o Governo do Estado que ele investisse esse montante de recursos nos 11 municípios impactados por Belo Monte, priorizando as áreas da Educação, subsídio da Tarifa de Energia e Segurança Pública.