segunda-feira, 6 de julho de 2015

OXI, dizemos NÃO ao FMI.

Atolados na crise do Sistema capitalista desde 2008, o povo grego disse não (OXI) á TROIKA (bancos privados)!
Gregos comemorando a vitória do NÃO ás propostas do FMI.
Fonte: Telesur


Troika é o nome dado a tríade formada por três organizações que passaram a pressionar a Grécia de 2010 pra cá, e é formada pelo FMI, Banco Central Europeu e comissão Europeia (comissão dos países europeus), a troika assumiu a posição em defesa dos bancos privados e pressiona um acordo com a Grécia para este país pague a suposta dívida com os tais bancos privados.
Segundo Maria Lúcia Fattorelli, especialista em dívida pública, “a Grécia entre os anos de 2010 a 2015 não recebeu moedas e sim papeis dos bancos, papeis que vieram de uma empresa privada com sede em Luxemburgo da qual os países europeus são sócios, essa empresa foi criada no auge da crise em 2010 para tentar salvar os bancos privados. Depois o Fundo Monetário Internacional (FMI) emprestou moeda corrente (dinheiro) aos gregos, mas para uma única finalidade, para que o país pagasse aos bancos privados as dívidas (juros) que adquiriu no período de crise".
Uma comissão formada por vários especialistas da área de Divida Pública, incluindo a brasileira Maria Lúcia Fattorelli foram convidados pelo atual governo grego para avaliar a situação econômica do país, segundo Fattorelli o relatório preliminar “apontou uma completa ilegalidade e ilegitimidade no campo jurídico.”
O sistema capitalista escolheu a Grécia como latrina, pois os acordos mais abutres fizeram com aquele país, atualmente 60% dos jovens estão desempregados, as pensões dos aposentados foram reduzidos em mais de 50%, desde a semana passada os bancos estão sem moedas.
O primeiro ministro grego, Alexis Tsipras, eleito recentemente pelo campo da esquerda e com a proposta de campanha que visava a auditoria da dívida, que já chega a 1 trilhão de euros (segundo os bancos privados), pediu um Referendo que perguntou ao povo se eles queriam ou não seguir o plano da Troika para a economia da Grécia, este plano ofereceria “ajuda” ao país, mas em contra partida teriam que aumentar os impostos (que já estão sendo aumentados de 2008), cortar as aposentadorias entre outras percas de direitos.
Ontem (domingo) foi realizado o referendo, cerca e 65% da população votou e a maioria (61,31%) votaram OXI (NÃO) a proposta da Troika para o país, depois do resultado o povo comemorou muito, Tsipras espera com esse resultado ter mais fôlego e mais força para negociar com a União Europeia a dívida do país. Com a vitória do "não", a consultoria norte-americana Teneo estima que a probabilidade da Grécia deixar o euro subiu para 75%.
O governo grego já marcou várias reuniões para hoje e durante toda a semana, o diferencial é que agora está munido com o resultado do referendo, o FMI por sua vez continuará pressionando o país, mas que agora com mais cautela, já que o banco dos BRICS (alternativa dos países emergentes) sai da sombra e prepara o salto. Este por sua vez assumiu compromissos com a própria Argentina que também sofre com as intervenções dos bancos abutres (protegidos pelo FMI) o que, inclusive, afeta a economia brasileira, pois os Hermanos é o terceiro país que mais compra produtos do Brasil.

Se a Grécia conseguir fazer a auditoria oficial dessa dívida não será o primeiro país a realizar esse feito, o atual presidente do Equador Rafael Correa realizou a auditoria da divida em 2007 e com isso reduziu em 70% o estoque da dívida pública equatoriana e conseguiu dar um salto de qualidade na gestão do país com a quadruplicação dos investimento em Educação e Saúde.