terça-feira, 21 de abril de 2015

Norte Energia Piora a vida das famílias da Vila da Ressaca (Xingu).

Foto: Joaquim Eduardo (https://www.facebook.com/joaquimeduardomadruga)


Atendendo o único projeto concreto (abastecimento de água e coleta de esgoto) das condicionantes da Implementação do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte, a Norte Energia dona da concessão por 35 anos da construção e operação dessas hidrelétricas no Xingu está prejudicando o acesso a via principal da vila da Ressaca (localizada no Trecho de Vazão Reduzida), os moradores denunciam que a obra iniciou em novembro, mas não foi finalizada porque vários equipamentos foram furtados, e a empresa responsável por esse projeto, a Illuminare, culpa os próprios trabalhadores da região por esse surrupio, no entanto, segundo moradores da vila da Ressaca e Ilha da Fazenda essa mesma empresa contratou menores de idade e diaristas visando lucrar mais com os contratos, significando maior exploração dos trabalhadores. Essa empresa, que faz o mesmo serviço que a Gel Engenharia executada em Altamira-PA, não recompuseram o concreto original de algumas ruas, deixando as vias quase totalmente intrafegáveis!

Vejam o vídeo, onde os moradores denunciam:



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Transnacional declara guerra contra garimpeiros no Xingu.


A empresa Transnacional Belo Sun quer lavrar cerca de 50 toneladas de ouro na região conhecida como Volta Grande do Xingu no estado do Pará, para extrair essa quantidade de metal precioso essa empresa canadense revirará cerca de 37 milhões de toneladas de minérios e deixará, após 11 anos de lavra, o equivalente a dois morros do Pão de Açúcar em rejeitos com material tóxico de Cianeto.
A Transnacional comprou as três áreas que ela quer lavrar o ouro, mas agiu de forma totalmente irregular, pois comprou essas terras antes da Licença de Instalação (LI), visando baratear os custos do empreendimento, pois antes de ela comprar viviam cerca de 800 famílias, e ela pagando pelas terras agora, significaria que quando sair a LI ela não teria mais a responsabilidade de custear a mitigação e compensação social por causa dos impactos negativos. Ela comprou as terras de três supostos donos, no entanto, a vila mais povoada, na comunidade da Ressaca mais da metade dos moradores continuam morando na localidade, fato que frustrou os planos da empresa, pois ela pensava que quando comprasse as áreas dos supostos donos a população sairia por conta própria da Ressaca, mas não aconteceu.
O que sustenta essa tese é que segundo a casa de governo (secretaria geral da presidência da república) a Belo Sun e a Norte Energia (dona da barragem de Belo Monte) é que estão embargando a entrega dos títulos da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) para as famílias da comunidade.
A resistência dos moradores da Ressaca se deve muito a resistência da Cooperativa Volta Grande do Xingu de Ouro, composta por garimpeiros na atividade por, dez, vinte e até trinta anos e que sofrem tentativas de criminalização pela Belo Sun a todo o momento. No último dia 11 de março os moradores da Ressaca participaram do dia Nacional de Lutas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e conseguiram uma reunião em Brasília. Nessa reunião participou uma comissão de 12 integrantes do MAB, 23 ministérios da república, a Norte Energia e adivinhem que não foi? A Belo Sun não participou da Reunião e nem justificou!
Esse é um dos indicadores mostrando o desrespeito da transnacional com a população atingida pela Mineração, outro fator que surgiu nos últimos dias é o da empresa ter fincado em algumas áreas várias bandeiras vermelhas, que a cooperativa de garimpeiros  entendeu como “guerra, a bandeira vermelha significa guerra, eles declararam guerra”. Uma informação que surgiu é que essas bandeiras são para demarcar as áreas que estão desapropriadas pela Belo Sun e que nos próximos dias sobrevoarão uma equipe (acionistas) para verificar a área (área de cava e área da barreira de rejeito).
Os garimpeiros prometem responder essa declaração de guerra, mas de forma organizada, e tentam na justiça uma área para garimpar de forma sustentável inclusive discutem esse modelo de espoliação do capital no Xingu, segundo o garimpeiro José Pereira “o governo paraense (Secretaria de Meio Ambiente) vai liberar uma Transnacional para tirar a riqueza do Brasil em troca de 2% (Royalties)? ...enquanto que quando nós garimpávamos todo o dinheiro ficava na região e sustentava todas as categorias de economia na volta grande do Xingu, a Belo Sun vai mandar todo o dinheiro para fora do país e deixar os impactos com nós!”

A conjuntura que está posta na volta grande do Xingu é um conflito gerado, exclusivamente, pelo avanço do capital internacional na Amazônia, esse que é um modelo econômico atrasado que serve para furtar os recursos naturais, explorar a mão-de-obra regional e importar os danos ambientais dos para a sobrevivência dos grandes centros econômicos , tudo isso aos olhos do governo municipal e estadual que são cúmplices e do governo federal que é conivente. 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

CHEGOU O INV(F)ERNO

Moradores construindo uma passarela no bairro Invasão dos Padres (Foto: Jean Rodrigues).

Na semana passada, terça-feira para quarta-feira (01), foi o dia mais chuvoso desse inverno amazônico em Altamira, as nuvens, além de muita água despertou mais preocupação nas famílias que moram nos baixões da área urbana.
Foram 100mm de chuva, isso quer dizer que choveu 100 litros d´água em cada m² do maior município do Brasil. Outra coisa é que, com a expansão do espaço urbano de Altamira, as áreas, outrora com paisagens naturais fora modificada de um jeito que foi substituído a vegetação pelo asfalto e essa água ao invés de ser filtrada para ao lençol freático está indo em direção aos baixões onde há ainda grande concentração de pessoas morando.
Na conjuntura de Belo Monte a apreensão se multiplica, pois em cenários anteriores as famílias que tinham suas casas alagadas iam para um abrigo da defesa civil e depois retornavam para suas moradias, agora a situação atual deixam as famílias muito mais em risco, pois a partir dessa chuva de terça e quarta-feira a água começou a subir bruscamente, e as famílias que ainda residem nos baixões estão temerosas de que se forem sair para o abrigo não retornarão mais as suas casas.

Entendam o caso:
A Norte Energia (dona do Complexo Hidrelétrico Belo Monte) em 2011 cadastrou 7790 imóveis em Altamira, segundo a empresa todos eles estão até a cota 100m (a nível do mar), então com a operação (enchimento do lago) da hidrelétrica de Belo Monte toda essa área será alagada, dentro disso a empresa construiu 4100 casas (67m²) para as famílias que optassem ser reassentadas, durante esse processo a empresa recuou na promessa de oferecer 3 tipos de casas e de construir as casas de alvenaria. As famílias que não aceitaram o reassentamento poderiam escolher entre indenização ou carta de crédito.
Em dezembro o ano passado, depois de muita pressão dos atingidos organizados dentro do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Norte Energia reabriu o cadastro das famílias e foram computados mais 405 imóveis na região que irá alagar permanentemente por causa do lago de Belo Monte, no entanto, o tratamento da dona da barragem mudou, vários moradores relatam que aparecem pessoas da empresa tentado intimidá-los falando que a área já pertence a Norte e que ela fará reintegração de posse a qualquer momento.

Atraso:
Há boatos nas redes sociais que a obra será paralisada por causa que a  Norte Energia fará uma auditoria fiscal nos contrato do Consórcio Construto Belo Monte (CCBM), pois mais de 60% das empresas do Consócio estão sendo acusadas na operação lava-a-jato da polícia federal que estão investigando contratos da Petrobras. Até agora a Norte não confirmou, mas também não negou. A paralização poderá indicar ainda mais conflitos sociais, pois se falam de paralisação de 40 a 90 dias, e isso irá gerar uma grande massa de desempregados em Altamira. A obra já está atrasa em pelo menos 10 meses, em virtude de contratos a Norte Energia já terá que desembolsar dinheiro para compensar esse atraso tendo que comprar energia térmica (é mais custoso que a hídrica).

Hoje, amanheceu chovendo e parece que esse inverno é mais um elemento que auxiliará a Norte Energia a continuar a fazer da vida dos moradores dos baixões um verdadeiro inferno, através da imposição, pressão, desdém e desprezo, mas se bem que conheço esse povo paraense essa não é uma Luta vencida, essa Luta deverá ser travada todos os dias e a única forma de conseguir combater esse projeto do Grande Capital é está organizado para a Luta consciente nas trincheiras do Xingu. 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Altamira e Brasil Novo se Mobilizam por EDUCAÇÃO e CONSTITUINTE


Hoje, em Altamira, pela amanhã as trabalhadoras e trabalhadores da educação (SINTEPP) junto com os estudantes da rede estadual de ensino saíram as ruas para denunciarem a o destratamento do governo estadual com a educação no estado do Pará.
A caminhada contou com mais de 250 pessoas, além do ônibus lotado de estudantes e professores do Município de Brasil Novo também teve a presença de algumas organizações (Levante Popular da Juventude, Movimento dos Atingidos Por Barragens, e União da Juventude Socialista) também aproveitaram para levantar a bandeira da Reforma do Sistema Político através do Plebiscito Constituinte.
Além das escolas de ensino médio a Universidade do Estado do Pará (UEPA) também está em greve, e os discentes e docentes estão fazendo uma ocupação do campus, bem como está acontecendo em vários campi do interior.
As instituições de ensino estão em greve a mais de duas semanas, os alunos e professores exigem mais investimentos em estrutura, formação, aumento de bolsas de assistência estudantil, pagamento do retroativo salarial, mais professores, menos alunos em salas de aulas.
Os secundaristas prometem outra manifestação na sexta-feira pela manhã e a tarde vão fazer um debate sobre a redução da idade penal.
Os representantes das organizações presentes convocaram todas e todos para construírem grande Luta no dia 1ª de Maio (dia do trabalhador) em Altamira em Defesa da Classe Trabalhadora e da Constituinte para Reformar o Sistema Político! 





quinta-feira, 2 de abril de 2015

ALTAMIRA: Estudantes na Rua, Jatene a Culpa é sua!



Ontem, pela manhã os professores da rede estadual de ensino (organizado no SINTEPP) e estudantes das escolas de ensino médio ocuparam a sede da Unidade Regional de Ensino (URE).
Mesmo com muita chuva a comunidade escolar foi para a URE como medida para pressionar o governador (Simão Jatene PSDB) e o Secretário de Educação (Helenilson Pontes PSD) a negociarem com a categoria dos Profissionais em Educação para que o retroativo salarial seja pago logo de uma vez e não como o governo quer fazer (pagar em várias parcelas), outra revindicação é que as escolas em todo os estado estão sucateadas e precisam de Reformas Urgentes. 
A tarde houve a segunda mobilização, dessa vez os estudantes protagonizaram o fechamento da Avenida Tancredo Neves (em frente a escola Polivalente).