terça-feira, 21 de março de 2023

Trabalhadores da educação decidem por Greve em Altamira, veja os motivos e a data proposta.

Na tarde dessa segunda-feira (20) centenas de trabalhadores da educação pública de Altamira participaram da assembléia da subsede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (SINTEPP).


Os principais pontos discutidos na assembleia foram a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Remunação (PCCR) e também o atraso no pagamento do piso salarial de 2023. 

Sobre o PCCR há um receio na categoria de que a discussão do plano seja apenas para distrair os trabalhadores como justificativa para o não pagamento do piso salarial, há um receio também de que o governo municipal tente aprovar o PCCR na Câmara Municipal sem atender as demandas dos trabalhadores da educação. 



Já o piso nacional dos professores de educação básica, ele foi atualizado em 15% em 2023 passando de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55 para a jornada de 40 horas semanais, no entanto, a Prefeitura Municipal de Altamira não atualizou o pagamento no contracheque da categoria. 

De acordo com a lei nº 11.738 de 2008, o piso nacional dos professores deve ser atualizado anualmente sempre no mês de janeiro. O cálculo do piso é de acordo com base do valor anual mínimo por aluno, montante definido pelo MEC de acordo com a antiga lei do FUNDEB.

Durante a assembleia vários professores denunciram a falta de materiais nas escolas e também a falta de merenda adequada para os estudantes. Disseram também que quando há atividades festivas nas escolas eles têm que fazer uma "vakinha" para comprar intens e por vários momentos até papel higiênico para a escola eles tiveram que comprar. 


Após a apresentação e discussão da pauta a categoria votou que irá entrar em greve a partir do dia 11 de abril e que estão dispostos a discutir o PCCR só após o inicío do pagamento do piso salarial e do retroativo. 

Segundo o coordenador do SINTEPP, Vitoriano Bill, a categoria segue mobilizada e que o sindicato tentará reunir mais uma vez com a gestão municipal para resolver o pagamento do piso e retroativo, mas caso não haja uma negociação que garanta os direitos dos trabalhadores da educação a categoria entrará em greve por tempo indeterminado. Ele espera que o governo nogocie com a categoria, pois uma greve só prejudicaria a comunidade escolar, e se isso acontecer será de responsabilidade da gestão municipal. 

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