quarta-feira, 2 de junho de 2021

29M a manifestação que acendeu o pavio no Pará e no Brasil

No último sábado (29) brasileiras e brasileiros de ao menos 215 cidades do país saíram as ruas para cobrar auxílio emergencial de R$ 600 para a população em estado de vulnerabilidade social, cobrar a compra de milhões de doses de vacinas e pedir a saída do presidente da república. 


As manifestações ganharam todas as capitais, em grandes cidades e médias cidades do Brasil. No Pará houve registro de manifestações em Belém, Castanhal, Cametá, Barcarena, Marabá, Parauapebas, Altamira, Santarém e Itaituba. Em todas essas manifestações praticamente não se viu pessoas sem o uso das máscaras, mesmo as grandes manifestações que aconteceram em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Belém. 


O sentimento de quem estava nas manifestações era de medo, por estarem de alguma forma saindo do isolamento social, mas sobretudo o sentimento de revolta pela perca de parentes, amigos e vizinhos. O que moveu as manifestações também foram as denúncias na CPI da Pandemia em relação e recusa do governo Bolsonaro na compra de 60 milhões de doses da Pfizer e 100 milhões de doses da Coronavac/Butatã ainda em 2020. 



Em Altamira o Ato foi organizado pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo e contou com a participação de cerca de 100 pessoas, entre elas estavam ribeirinhos, pescadores, estudantes, trabalhadores empregados e desempregados, indígenas, jovens, mulheres e idosos. 

Segundo a organização da Manifestação o objetivo foi retomar as lutas por direitos em Altamira e região, a quantidade de pessoas previstas era de 50 pessoas, por causa dos decretos de restrições de aglomerações, mas várias pessoas revoltadas com situação do Brasil foram partipar de forma espontânea. 

Em Altamira, além das questões dos auxílio emergencial, mais vacinas e fora Bolsonaro, os manifestantes também denunciaram os cortes de quase R$40 milhões da Universidade Federal do Pará (UFPA), denunciaram os impactos de Belo Monte na vida das famílias da lagoa do Independente 1 e Ribeirinhos do Lago Xingu. 

Segundo os organizadores a nível nacional as manifestaçãoes no Brasil acendeu o pavio que faltava para a queda do Bolsonaro

Sobre a repercussão, a imprensa tradicional brasileira deu pouco espaço para informar o povo brasileiro sobre a maior manifestação desde o "Ele Não" em setembro de 2018. Já a imprensa tradicional internacional destacou em várias capas e em páginas completas o levante popular que aconteceu no Brasil. 

Informações adicionais:

  • Ao todos foram cerca de 450 mil pessoas nas ruas; (Fonte: Frente Brasil Popular)
  • Foram 202 mil participantes no Twitter que totalizou 1.828.048 postagens, desta 841 mil Retwitter (Fonte: Professor Fábio Malini - https://twitter.com/fabiomalini)
  • No Instagran foram impressionantes 44 milhões de interações em 11.895 publicações. (Fonte: Crowdtangle)


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