Mais uma vez a
Universidade do Estado do Pará disponibiliza vagas no vestibular para o campus
de Altamira para apenas um curso.
Ano passado ocorreu a
mesma coisa, foi aberta apenas 40 vagas para o curso de Educação Física. O
Campus, atualmente, possui em andamento os cursos de Ciências Naturais com
habilitação em Química (1) e Biologia (1); Matemática (1); Educação Física (4)
e Engenharia Ambiental (3). O campus possui nos três turnos 7 salas
vagas, o laboratório de ciências naturais com habilitação em física é um dos
melhores do interior, mas não abriu vagas para esse curso que já está dois anos
chutado para escanteio, o laboratório de biologia e química também é bom, mesmo
faltando algumas misturas, o curso de matemática perdeu o seu laboratório, o curso de engenharia ambiental já completou 3,5 anos no
campus e conseguiu avançar na parte bibliográfica (cabe DESTACAR que só foi
possível depois de algumas mobilizações dos alunos), mas os discentes não têm
laboratório (há dois anos é prometido a construção do laboratório de qualidade
ambiental “Ar, Água e Solo”, mas até agora é só mancada por parte da gestão) o
campus não possui ônibus (que é importante para as aulas de campo) e sofre com a falta de professores, diga-se de passagem esse é um problema permanente da maioria dos cursos só não da Educação Física, pois já está a mais tempo e
todo ano abre vagas no vestibular, com isso a uma exigência maior de melhoria
na qualidade do curso, inclusive é uma das melhores graduações de toda a UEPA.
É IMPORTANTE ressaltar que
o campus de Altamira recebe estudantes dos 11 municípios de integração da
Transamazônica/Xingu além de receber alunos das mais variadas regiões do
estado, inclusive ultrapassando esses limites e abrigando até estudantes da região
Nordeste e Sul do Brasil. Esse “chama” para essa região é por causa do aumento
da circulação de capital que ocorre na região por causa da construção da
Hidrelétrica de Belo Monte, inclusive esse empreendimento chegou na região
dizendo que iria desenvolver e trazer progresso, mas esse desenvolvimento e
progresso ficaram ATOLADOS na Avenida Bom Jesus (onde está localizado a UEPA e
é o caminho principal para o escritório da Norte Energia e Construção do “Reassentamento”
Jatobá), inclusive se for dizer qual foi o legado que esse grande elefante branco
de R$30 BILHÕES trouxe para o Campus temos a certeza que foi o aumento dos
buracos (crateras) em frente ao campus, inclusive crateras dignas de uma grande
Obra que é a da Norte Energia, onde não foi fechado nenhum acordo entre a
empresa e a Universidade, isso é um retrato do não investimento ou da
morosidade de investimentos na educação da Região, pois as escolas de nível
médio não foram reformadas (“quiçá” reconstruídas) já nas escolas de ensino
fundamento foi preciso que as mães dos estudantes se organizasse com o
Movimento dos Atingidos por Barragens para conseguirem que fosse ligado a
energia, cavado o poço da escola do Bairro Bela Vista.
Enfim, o problema de
abrir apenas um curso para a GIGANTESCA e GROTESCA demanda de serviços que
possui Altamira e região, chega a ser um insulto a sociedade civil.
Podemos apontar a Mãe e
o Pai do Problema, podemos considerar que a provedora (mãe) é o governo do
estado, que está falido na mão do JATENE, que cortou recursos da Universidade o
pai do problema é a NORTE ENERGIA que intensificou a demanda, e não se
comprometeu com investimentos na educação, ou seja, que legado vai ficar dessa
grande obra? Todos sabemos que a educação seria uma grande herança que o pai do
problema poderia deixar.
Nesse contexto a UEPA é
uma criança abandonada pelos pais, entretanto anda bem
ACOMPANHADA pelos seus ESTUDANTES, estes sim com um pouco de receio (por conta
da pressão do capital), mas sem medo da Luta e da mudança.
Preciso confessar uma
coisa: se fosse na final da copa do mundo a Norte Energia e o governador Jatene
pagariam até promessa para não enfrentar o Povo Organizado nesse jogo!”.
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