quarta-feira, 7 de maio de 2014

UEPA, a criança abandonada, disponibiliza vagas no vestibular só para uma turma em Altamira

Mais uma vez a Universidade do Estado do Pará disponibiliza vagas no vestibular para o campus de Altamira para apenas um curso.


Ano passado ocorreu a mesma coisa, foi aberta apenas 40 vagas para o curso de Educação Física. O Campus, atualmente, possui em andamento os cursos de Ciências Naturais com habilitação em Química (1) e Biologia (1); Matemática (1); Educação Física (4) e Engenharia Ambiental (3). O campus possui nos três turnos 7 salas vagas, o laboratório de ciências naturais com habilitação em física é um dos melhores do interior, mas não abriu vagas para esse curso que já está dois anos chutado para escanteio, o laboratório de biologia e química também é bom, mesmo faltando algumas misturas, o curso de matemática perdeu o seu laboratório, o curso de engenharia ambiental já completou 3,5 anos no campus e conseguiu avançar na parte bibliográfica (cabe DESTACAR que só foi possível depois de algumas mobilizações dos alunos), mas os discentes não têm laboratório (há dois anos é prometido a construção do laboratório de qualidade ambiental “Ar, Água e Solo”, mas até agora é só mancada por parte da gestão) o campus não possui ônibus (que é importante para as aulas de campo) e sofre com a falta de professores, diga-se de passagem esse é um problema permanente da maioria dos cursos só não da Educação Física, pois já está a mais tempo e todo ano abre vagas no vestibular, com isso a uma exigência maior de melhoria na qualidade do curso, inclusive é uma das melhores graduações de toda a UEPA. 
É IMPORTANTE ressaltar que o campus de Altamira recebe estudantes dos 11 municípios de integração da Transamazônica/Xingu além de receber alunos das mais variadas regiões do estado, inclusive ultrapassando esses limites e abrigando até estudantes da região Nordeste e Sul do Brasil. Esse “chama” para essa região é por causa do aumento da circulação de capital que ocorre na região por causa da construção da Hidrelétrica de Belo Monte, inclusive esse empreendimento chegou na região dizendo que iria desenvolver e trazer progresso, mas esse desenvolvimento e progresso ficaram ATOLADOS na Avenida Bom Jesus (onde está localizado a UEPA e é o caminho principal para o escritório da Norte Energia e Construção do “Reassentamento” Jatobá), inclusive se for dizer qual foi o legado que esse grande elefante branco de R$30 BILHÕES trouxe para o Campus temos a certeza que foi o aumento dos buracos (crateras) em frente ao campus, inclusive crateras dignas de uma grande Obra que é a da Norte Energia, onde não foi fechado nenhum acordo entre a empresa e a Universidade, isso é um retrato do não investimento ou da morosidade de investimentos na educação da Região, pois as escolas de nível médio não foram reformadas (“quiçá” reconstruídas) já nas escolas de ensino fundamento foi preciso que as mães dos estudantes se organizasse com o Movimento dos Atingidos por Barragens para conseguirem que fosse ligado a energia, cavado o poço da escola do Bairro Bela Vista.
Enfim, o problema de abrir apenas um curso para a GIGANTESCA e GROTESCA demanda de serviços que possui Altamira e região, chega a ser um insulto a sociedade civil.
Podemos apontar a Mãe e o Pai do Problema, podemos considerar que a provedora (mãe) é o governo do estado, que está falido na mão do JATENE, que cortou recursos da Universidade o pai do problema é a NORTE ENERGIA que intensificou a demanda, e não se comprometeu com investimentos na educação, ou seja, que legado vai ficar dessa grande obra? Todos sabemos que a educação seria uma grande herança que o pai do problema poderia deixar.
Nesse contexto a UEPA é uma criança abandonada pelos pais, entretanto anda bem ACOMPANHADA pelos seus ESTUDANTES, estes sim com um pouco de receio (por conta da pressão do capital), mas sem medo da Luta e da mudança.

Preciso confessar uma coisa: se fosse na final da copa do mundo a Norte Energia e o governador Jatene pagariam até promessa para não enfrentar o Povo Organizado nesse jogo!”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário